sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Programação furada

Hoje foi um dia de programações que não deram certo! De manhã fiquei no albergue guardando as fotos no Orkut e enviando para o meu e-mail, porque perdi o meu pen drive e o cartão de memória da máquina já está lotado!

Marquei com Renata de nos encontrarmos às 15h30, em frente ao Teatro Colón. Eu ia fazer uma visita guiada, que dura cerca de uma hora, então cheguei lá às 14h para esperar a visita em espanhol, que sai a cada 15 minutos, sendo a última às 15h45. Acontece que as visitas já estavam esgotadas para hoje!

Esse povo realmente não tem o que fazer! Em vez de irem ao Caminito, Recoleta, Palermo, resolvem passar a tarde de sexta-feira visitando um teatro! kkkkkkkkkkkkkkkkk

Então fiquei andando pelas ruas Florida e Lavalle, que são voltadas para o comércio, até a hora de me encontrar com Renata. Aproveitei e comprei um pen drive novo (com nota fiscal, pra ver se consigo pegar de volta o imposto da imigração)! Já que não pude entrar no Teatro Colón, terei pelo menos uma foto de recordação:


De lá, passamos na faculdade de Renata, que reúne todos os tabaréis daqui... han? Veja o porquê:

UAI, ê trem bão, sô!
Fomos para a casa dela, porque de noite íamos curtir uma night em alguma boate daqui. Como as pessoas normalmente vão para o reggae tarde, umas 17h30 resolvi tirar um "cochilo", porque estava muito cansada. Mas só acordei 00:30!!! Renata e Mariano também estavam cansados, então deixamos a boate para amanhã. Mas eu dormi tanto que agora são 3h40 da madrugada e eu estou num pique só! Até os cachorros da casa estão dormindo, e eu aqui, cheia de disposição!!!! kkkkkkkkkkkkkkk

Las Madres de Mayo!

Esta foi, sem dúvida, a experiência mais emocionante em quase 10 dias em viagem. Aqui em Buenos Aires, a associação das Madres de Mayo está sofrendo denúncias relacionadas a desvios de dinheiro. Além disto, a reunião na praça, que acontece todas as quintas-feiras há 34 anos, também virou espaço de manifestações partidárias - neste caso, a favor da reeleição de Cristina Kirchner.

Mas nada tirou a emoção de estar presente e acompanhar uma parte da história da Argentina. Ah, sei lá, difícil explicar em palavras:












Navegando por Puerto Madero

Mais um dia de acordar cedo e se preparar para a andada diária. O destino é Puerto Madero, que fica às margens do Rio de la Plata. É apenas a algumas quadras daqui, então dava para ir andando. Fui com Malba, a nova colega de quarto, que é de Belém do Pará. Inclusive, a única coisa que ela sabe sobre Buenos Aires é que existe um museu com o mesmo nome dela! Mas enfim... Depois de uns 15 minutos de caminhada:



Como deu para ver, o céu estava carregado, mas felizmente só ameaçou cair o toró! Então eu, como uma pretty woman maravilhosa e tudo o mais, não poderia deixar de tirar uma foto na Puente de la Mujer!


Nós não podíamos ir a Puerto madero sem visitar também a Fragata Sarmiento, que funciona como museu, com entradas a $ 2!!



Está curioso para saber o que existe dentro deste barco misterioso? Que pressão horrível! kkkkkkkkkkkkkkkkkk Mas eu fiz umas imagens:



Confira também os cliques:







Depois da Fragata, atravessamos a Ponte da Mulher e fomos em direção à Reserva Ecológica. Andamos um tempão em uma avenida até chegar na entrada da reserva, Mas como não vimos nada interessante, resolvemos voltar. Neste percurso, descemos uma escada que ia até o portão da reserva. Como os portões que davam acesso estavam fechados, tivemos que pular a balaustrada! hehehe Coisas de brasileiro em terras desconhecidas!

Mas enfim, passamos novamente pela ponte e resolvemos almoçar em um dos restaurantes de lá. Minha tia Marcy tinha indicado o "Siga la Vaca", mas como eu não achei, resolvemos ir no Fridays. 


Lá é tudo meio americanizado... Olhe só como os garçons se vestem, bem ao estilo do Tio Sam!


De Porto Madero, passamos pela Plaza de Mayo para tirar umas fotos na Cassa Rosada. A visitação só é aberta ao público nos fins de semana. Casa Rosada, tiramos umas fotos, e fomos em direção ao Obelisco para mais fotos. 


Fomos então ao monumento chamado Obelisco (fico devendo a explicação!) para tirar umas fotos rápidas!


De lá, Malba seguiu para a Recoleta e eu voltei para a Praça de Mayo, para a experiência mais emocionante da viagem.... Continua no próximo post!!!

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Centro Cultural, Floralis e Museu de Belas Artes

Saindo do Cemitério, dei uma passadinha pelo Centro Cultural da Recoleta, mas ele não é lá essas coisas para quem quer tirar fotos mil e tudo o mais. Lá existem várias salas para eventos, um museu de ciências, uma parte que está em reforma e algumas partes bonitinhas para fotos.





Não perdi muito do meu tempo lá... Depois atravessei a Plaza Francia e fui à procura da Floralis Genérica!


E aí...



Pedi para umas meninas com cara de índias peruanas tirarem uma foto para mim:



Do lado da Floralis, está a Faculdade de Direito. Não sei se tem alguma história e tal, mas o que impressiona é a arquitetura gigantesca!


Pertinho da Faculdade, está o Museu Nacional de Belas Artes, que também visitei. Mas, como todo mudeu clássico, não podia tirar foto do lado de dentro, então fica só a recordação da fachada:


No caminho de volta para a parada de autobús, parei na sorveteria Freddo (famosíssima) e tomei um sorvetinho (desta vez pequeno) de dulche de leche com brownie e chocolate (dilíiiiiicia! hehe). Passei pela Gomero, que é uma árvore centenária, cujos galhos parecem verdadeiros troncos e crescem para os lados. Por isso, algumas estacas de ferro seguram estes galhos!

Fim do passeio na Recoleta, voltei para o ponto e peguei de novo o busu 27. Desta vez nem precisei de ajuda (hehe), pois fui seguindo um guia que Renata me emprestou, com todas as linhas de ônibus daqui. 

Na volta para o albergue, passei sem querer pela porta das Galerias Pacífico. Deu uma olhadinha lá dentro e comprei uma colônia que tia Lourdinha pediu. Lá é realmente lindo mas, ao contrário do que muitos me falaram, não é muito barato não!


Fim do dia, voltei para o albergue moooooooooooooooooorta e dormi cedo, por isso o post saiu meio atrasado....

Desbravando o Cemitério da Recoleta

Eu nunca vejo a previsão do tempo. Mas ontem, enquanto tomava leite com Nescau e comia pão com manteiga, a televisão passava a moça do tempo.  E aí tive a infeliz ideia de prestar atenção e ver que a máxima temperatura seria 15 e a mínima, 6 graus...

Então resolvi postar os textos atrasados pela manhã e sair apenas pela tarde. Na hora de me arrumar, vesti calça, meias, tênis e blusa de manga comprida. Peguei casaco, cachecol e a segunda pele que tia Lourdinha me emprestou. E saí para desbravar a Recoleta. Mas hoje foi o dia mais quente de toda a minha viagem e esse calor dos infernos me fez usar a roupa que seria para a noite! Eu tenho mesmo muita sorte... Mas nada iria atrapalhar meu passeio!

Pedi informações para o menino do albergue sobre como chegar lá. Ele me disse que teria que pegar o busu 27 numa rua aqui perto. Como estou solamente solo, levei o mapa a tiracolo. Como eu já expliquei antes, nós temos que dizer ao motorista para onde vamos, e o preço da passagem varia de acordo com o destino. Mas a variação no preço é pequena, então Renata sugeriu que eu pedisse sempre $1,25, que é a passagem mais cara (pense aí: isso dá menos de 65 centavos de real!!!).

Aí subi no busão cheia do meu portunhol fluente e pedi "Por favor, uno e beinte e cinco" (não é assim que se escreve nem se pronuncia, mas foi isso que saiu da minha boca!). Então o motorista perguntou para onde eu ia, o que eu só entendi na terceira vez. Quando eu respondi que era Recoleta, ele digitou os números lá e eu fui colocar minhas moedas contadas na máquina. Então, um milagre aconteceu: a máquina me deu um troco de 15 centavos! yuhuuu! Eu não sabia que ela dava troco! Então sentei lindamente na cadeira e fiquei observando alguém que ia para a Recoleta, para saber em qual ponto descer.

Eis que senta ao meu lado uma velhinha simpática. Ela olhou para o mapa na minha mão e perguntou para onde eu ia. Depois da minha resposta, ela disse que ia para lá também e que me avisaria quando chegasse o ponto! Então só fiz relaxar e curtir a viagem, até que...


Entrei no Cemitério e vi que existem visitas guiadas, mas a próxima seria 14h, ou seja, faltava uma hora para o início.


Resolvi almoçar no Shoping de Design, mas os restaurantes são carérrimos, então comi um tostado de jamón y queso (o famoso mistão) no Café Martinez!


Dei mais um rolé pelo shopping e, de acordo com o meu senso tempo-espaço-direção-luz do sol, achava que já estava na hora de voltar ao cemitério. Quando cheguei lá, que coincidência! A guia já ia começar a visita!


Aqui eles só oferecem visitas guiadas em inglês ou espanhol. Eu sou péssima nas duas línguas, então optei pela segunda. Pensei da mesma forma que todos os brasileiros que, por serem parecidas, é muito fácil entender espanhol! Será que escolhi certo?


Mas sim, eu escolhi certo! Consegui decifrar algumas palavras, e aí dava para entender o contexto das explicações. Por exemplo, agora vou contar a história deste mausoléu:


Esta era Rufina Cabaceres, uma jovem de 19 anos, filha de uma família conhecida (eu não entendi porque a família era famosa). Então, eis que Rufina aparece morta em casa! A família ficou muito triste, fizeram todo o funeral e blaá blá blá enterraram a morta. Dias depois, a moça que cuidava do túmulo de Rufina percebeu que o caixão estava em outra posição, e prontamente alertou à mãe sobre o ocorrido. Com a devida autorização, abriram o caixão e.... Tcham! Havia marcas de unhas por todos os lados. Rufina sofria de catalepsia, mas como a doença ainda não era muito conhecida, ela foi enterrada viva e morreu sufocada...

P.S: Atenção meus parentes mais novos: quando eu morrer, favor me enterrar em, no mínimo, 48 horas!

Voltando à história, o mausoléu de Rufina traz uma menina que tenta abrir uma porta. De acordo com a guia, esta obra pode ter dois significados: ou ela trata da oportunidade que a jovem teria na vida, se não morresse cedo, ou ela ressalta a tentativa de rufina de abrir uma porta.... do caixão!

Passando o mistério fúnebre, vamos à parte inusitada. Depois de visitarmos o mausoléu de Evita Perón (o mais procurado por todos os turistas), a guia resolveu levar o grupo para fora do cemitério. E aí eu cheguei a uma conclusão reveladora:


Enquanto tentava me chamar entre túmulos e obras de arte, não podia deixar de fazer uns registros para a posteridade:


Esta cabeça branca lembra alguém?









Depois de ver estas e mais outras esculturas...


Aí, foi só alegria! Ops, esqueci que estava em um cemitério... mas deu para tirar muitas fotos com Evita:




Depois de conseguir visitar Evita, hora de continuar a programação pela Recoleta!